ABSTRACT
Aborda dois temas: a febre amarela no Rio de Janeiro, no ultimo quarto do seculo XIX e as primeiras geracoes de bacteriologistas que atuaram na cidade, no mesmo periodo. Combina-os ao mostrar que a febre amarela foi o principal objeto de investigacao dos pioneiros da Bacteriologia. Examina os esforcos que fizeram para descobrir seu microbio e um imunobiologico eficaz para prevenir e/ou curar a doenca, descrevendo a competicao e as controversias em que se envolveram estes investigadores. Mostra a ressonancia internacional e as implicacoes culturais e socioeconomicas das teorias que formularam e das vacinas e soros que inventaram. Analisa, por ultimo, as rupturas cognitivas e institucionais associadas a passagem da problematica etiologica para a do modo de transmissao e reexamina a escolha de Oswaldo Cruz para chefiar a Saude Publica e a campanha contra a febre amarela no Rio a luz das experiencias, dos erros e acertos das primeiras geracoes de bacteriologistas que atuaram na cidade.